Uma perda gestacional ou neonatal não discrimina. Pode acontecer a qualquer um, a qualquer altura e por qualquer motivo. Após uma perda, quando as pessoas não sabem o que dizer, rapidamente dizem “logo a seguir tens outro”, a quem facilmente engravida.
Mas e quando um bebé é gerado por tratamentos de fertilidade e os pais passam anos (e dinheiro) à espera destes tratamentos? Não sendo comparável, perder um filho depois de uma verdadeira batalha pode aumentar ainda mais a dor e o sentimento de tristeza. Providenciamos também ajuda e apoio a quem passa por tratamentos de infertilidade.
“Então, quando é que vocês têm filhos?”
Esta é uma das perguntas mais comuns a um casal em idade reprodutiva. No entanto, estima-se que em Portugal cerca de 15% dos casais sofre de infertilidade. Contudo, esta estatística não inclui aqueles que não procuram ajuda médica, o que leva a crer que a média será mais alta. Ainda assim, isto traduz-se a 1 em 7 casais que estão a tentar engravidar no período de um ano sem sucesso.
Classicamente, a infertilidade é definida pela incapacidade de um indivíduo ou casal não conseguir engravidar sem ajuda médica ao longo do período de um ano.
Devido à sua escala, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a infertilidade como um problema de saúde pública. Assim, aos casais que têm dificuldade em engravidar, é oferecida a prestação de cuidados integrados em saúde reprodutiva. Em Portugal, segundo um estudo em 2016, cerca de 3% dos bebés que nasceram no país foi por procriação medicamente assistida.
Desta forma, a primeira abordagem pressupõe uma avaliação global que deve ser feita a nível dos cuidados de saúde primários.
Alguns casos de infertilidade, são apenas descobertos quando, infelizmente, os casais passam por perdas gestacionais.