Após uma perda gestacional, alguns pais vão querer perceber porque é que o seu bebé morreu. Já outros podem estar inseguros acerca disso. Infelizmente, nem todas as mortes são compreendidas e investigação pode ser necessária para apurar os porquês.
Autópsia
Pode ser incrivelmente difícil pensar numa autópsia no seu bebé. Se achar que prefere que isto aconteça, mas tiver incertezas, converse com o seu médico ou equipa profissional. Apesar de soar bastante intrusivo, este não é o caso. Esta é feita com imenso cuidado e respeito por parte dos profissionais responsáveis. Por isso, tire tempo para debater a decisão com a sua família e parceiro(a).
Sobretudo se pretender voltar a engravidar; os médicos poderão seguir a investigação clínica, o que ajudará a entender qualquer fator que poderá ter contribuído para o falecimento do bebé.
Por norma, o seu médico falará consigo em relação a esta análise. O seu bebé será examinado por um especialista que tentará determinar a razão para o sucedido ou se há algum factor que possa afetar gravidezes futuras.
O que pode revelar esta análise?
Examinar o seu bebé e a sua placenta pode ajudar a perceber o que aconteceu. No entanto, nem sempre esta análise oferece as respostas e muitas vezes os resultados são inconclusivos. Contudo, note que este processo, mediante o caso, pode demorar algum tempo.
Assim, esta análise pode:
- confirmar ou mudar um diagnóstico prévio;
- identificar condições que não foram diagnosticadas anteriormente;
- excluir causas comuns de morte, como problemas com o desenvolvimento, crescimento e infeções;
- ajudar a prever a possibilidade de voltar a acontecer numa futura gravidez;
- fornecer informação sobre condições genéticas;
- caso não saiba, pode revelar o sexo do bebé.
Perceber que o seu bebé morreu – Quando a gravidez termina por razões médicas
Este tipo de análises pode ser ainda mais relevante se terminou a gravidez por razões médicas. Ainda que tenham testado e feito ecografias detalhadas e produzido diagnósticos, esta análise pode trazer mais informação para ajudar a perceber porque é que o seu bebé morreu. A possibilidade de um post-mortem nestas si tuações, dependerá da longevidade da gestação. É sempre aconselhável discutir as possibilidades com a equipa que a acompanha.
– Examinações limitadas
Se desejar não obter um post-mortem completo pode também optar por uma examinação parcial de alguns órgãos, pele e investigação externa. A sua placenta também pode ser examinada e resultar em informação muito valiosa. Durante estes exames, amostras são removidas e estudadas microscopicamente.
– Futuras gestações
Um post-mortem pode também revelar algo que possa afectar uma gravidez futura. Quer este exame confirma um diagnóstico prévio ou dispôr de nova informação, todas estas descobertas ajudam os médicos a perceber a condição ou causa da morte, e acessar a probabilidade do mesmo problema acontecer numa próxima gravidez.
– O post-mortem inclui testes genéticos?
Com o seu consentimento, como parte de um post-mortem, uma amostra ou sangue pode ser recolhido para testes genéticos. Também podem ser guardados para testes futuros ou compilação de dados médicos para um estudo por parte do hospital ou entidade de investigação genética.
Este tipo de exame pode ser extremamente útil se os médicos suspeitarem que o bebé tenha uma desordem genética. Mesmo que o seu bebé seja mais pequeno que o esperado e não houver explicação para a perda um teste genético pode dar a resposta. Se estiver a considerar engravidar no futuro poderá ser proveitoso avaliar o risco de repetição-
Dependendo de quando o seu bebé morreu, um teste genético pode também revelar o sexo.
Grande parte dos pais, consideram um post-mortem bastante vantajoso. A informação pode trazer compreensão sobre o que aconteceu ao seu bebé.
