No início da gestação, eu tive um sangramento e fui para o hospital. Nesse dia descobri que estava com um pequeno descolamento da placenta e o mais assustador: havia uma alteração no meu bebé, transluscência nucal aumentada.

Foi uma gravidez cheia de medos e a cada consulta eu fazia mil perguntas ao médico. Ele explicava que poderia ser algum problema (cardíaco, na coluna ou síndrome de Down eram os mais prováveis) e que não podia fazer nada, a não ser esperar o nascimento do bebé para descobrir o que estava acontecendo. Mas em nenhum momento fui alertada que ele poderia perder a vida, talvez nem o médico deduzisse isso (prefiro pensar assim).
Com 39 semanas de gestação fui à última consulta, onde ouvimos o coração dele e descobrimos que já estava com 2 dedos de dilatação e com 39 semanas e 5 dias fui para o hospital com contrações. Era dia 11 de Dezembro. Cheguei com 4 dedos de dilatação e logo pulou para 8 e em seguida meu pequeno Antony Samuel “nasceu” na sala de triagem do hospital.
Aquele lugar foi tomado pelo silêncio absoluto, todos apavorados quando viram que o meu bebé estava morto… nem o médico conseguia ter reação. “Faz alguns dias” foi o que ele conseguiu pronunciar para mim. “Pelo menos 3 dias”.
Meu tão sonhado menino, eu e sua irmã estávamos esperando-o com muita ansiedade, mas Deus precisava dele lá no céu.
São 4 meses sem meu pequenino e eu ainda não faço ideia de como seguir.