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Ana Rita F.

Apareceste-me num sonho e uns meses depois tornaste-te a nossa realidade.

Recebemos a notícia da tua existência como uma bênção e, embora o medo e a ansiedade tomassem conta de mim, agarrei-me a ti com todas as forças.

No dia em que recebemos a notícia de que não tinhas conseguido, o mundo desabou novamente e o teu papá mais uma vez foi o pilar.

Desculpa, meu amor, por não ter a força que todos esperavam. Não consegui ainda contar aos manos.

Já todos te amamos tanto que dói demais deixar-te ir… Queria ter fé, queria ser forte, queria tanto que tu conseguisses, por ti, por nós…

Fica o tempo que precisares, serei sempre a tua casa, e por mais anos que viva, tu viverás em mim.

Hoje ainda não aceito, talvez não aceite nunca… a dor essa vai doer sempre, mesmo que me digam que todos os dias vai doer menos um bocadinho. Eu tenho a certeza que não… a dor vai estar sempre cá, a mamã é que vai aprender a lidar com ela e a camuflar com um sorriso, pelos manos, pelo papá e pela tua memória…

Obrigada por teres feito de mim casa, por me teres escolhido, e embora não te carregue no colo, irei carregar-te sempre no coração.

Dois no colo, 5 no coração!

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